ANESTESIA INTRAVENOSA CONTINUA EM MUAR: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Alfa-2 Agonista, Anestesia Intravenosa, Dissociativa, Muar, Triple DripResumo
Muares são híbridos de Equus asinus e Equus caballus e possuem particularidades fisiológicas importantes quanto aos aspectos anestésicos quando comparados com as espécies de origem. Há poucas referências na literatura quanto a protocolos anestésicos usados em muares e na descrição da farmacocinética dos α2 agonistas. A anestesia intravenosa contínua (AIC) apresenta diversas justificativas de uso, especialmente por sua praticidade e eficiência. O presente relato se refere ao uso bem sucedido de protocolo de AIC baseado em um agente dissociativo em um muar. Um muar de três anos de idade e 350kg foi submetido à cirurgia de glossorrafia devido a uma lesão traumática, recebendo o presente protocolo anestésico para realização do procedimento. A indução anestésica foi feita com Cetamina (2 mg/kg IV) associado ao Diazepam (0,1 mg/kg IV) em bolus, precedido por Xilazina (1 mg/kg IV) como medicação pré-anestésica. O protocolo de AIC consistia da infusão contínua de Éter Gliceril Guaiacol (EGG) (100 mg/mL), xilazina (1mg/mL), e cetamina (2mg/mL) em sistema “Triple Drip”. O protocolo ofereceu sedação e anestesia adequada para o procedimento e a recuperação anestésica foi rápida e sem intercorrências. O protocolo proposto mostrou-se vantajoso e seguro pra este animal, e para o procedimento cirúrgico proposto. Entretanto, devido às escassas referencias literárias sobre protocolos anestésicos e monitoração em muares e ainda a importância zootécnica desta espécie no país, enfatiza-se a necessidade de maiores estudos.
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