PREVALÊNCIA DA COCCIDIOSE EM FRANGOS DE CORTE EM UMA INTEGRAÇÃO AVÍCOLA DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL

Autores

  • Patrícia Amaral
  • Luciana Otutumi

Palavras-chave:

aves, anticoccidianos, Eimeria acervulina, Eimeria maxima, Eimeria tenella

Resumo

O Brasil possui uma das aviculturas comerciais mais desenvolvidas do mundo, alcançando o status de terceiro maior produtor de carne de frangos e primeiro maior exportador mundial. O sistema intensivo de produção predispõe ao aparecimento de algumas doenças, dentre elas as desordens entéricas. A coccidiose é uma das principais desordens entéricas e constitui-se como um dos principais prejuízos econômicos para a indústria avícola, sendo causada por protozoários intracelulares do gênero Eimeria, que se caracteriza por uma infecção intestinal que cursa com diarréia, danos fisiológicos, piora da conversão alimentar, perda de peso e até morte em quadros severos. As eimerias de maior importância para a avicultura de corte são E. acervulina, E. maxima e E. tenella. A forma diagnóstica amplamente utilizada a campo é a identificação dos escores de lesão no intestino, sendo que o diagnóstico definitivo é confirmado por exames complementares como histopatológico, oocistograma e técnicas de biologia molecular. A prevenção da coccidiose está baseada num programa integrado, onde a associação de anticoccidianos, vacinas, sanitizantes e produtos alternativos promovem um controle eficiente. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da coccidiose em frangos de corte no ano de 2012 em uma integração localizada na região noroeste do estado do Paraná, por meio da determinação dos escores de lesões intestinais. Para tal foram realizadas coletas de dados das fichas de monitorias de necropsia desta integração durante o ano de 2012. Os dados foram tabulados e separados para os três principais tipos de eimeria e determinados o percentual de aves acometidas por coccidiose ao longo dos meses, o escore médio de lesões e o escore médio das lesões no período de 18 a 21 e 28 a 31 dias de idade. Os resultados obtidos foram: prevalência de 8,52% para a E. maxima, 8,21% para a E. acervulina e 2,42% para E. tenella. Os escores mínimos e máximos observados para E. acervulina foram 0,01 e 0,51, para E. maxima foram 0,03 e 0,32 e para E. tenella foram 0,01 e 0,2, respectivamente. Em relação aos escores de lesão em função da idade, verificou-se maior escore de lesões para E. acervulina na idade de 28 a 31 dias, porém não houve diferença para a E. maxima e E. tenella. Os resultados deste estudo permitem concluir que a ocorrência da coccidiose em frangos de corte reflete a capacidade de adaptação do parasita e a forma como as aves são manejadas, portanto, monitorar a prevalência desta doença faz-se necessário para que controles estratégicos sejam implantados, permitindo o máximo desempenho zootécnico. 

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Publicado

2013-07-01

Como Citar

Amaral, P. ., & Otutumi, L. . (2013). PREVALÊNCIA DA COCCIDIOSE EM FRANGOS DE CORTE EM UMA INTEGRAÇÃO AVÍCOLA DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL. ENCICLOPEDIA BIOSFERA, 9(16). Recuperado de https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/3479

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