RIQUETSIOSES (Rickettsia spp.) TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS
Palavras-chave:
carrapatos, febre maculosa, Rickettsia, vetoresResumo
As riquetsoses, zoonoses causadas por bactérias do gênero Rickettsia, apesar de manterem caráter endêmico, estão presentes em todos os continentes do mundo. As Rickettsia spp. habitam glândulas salivares e ovários de artrópodes hospedeiros, e dentre os vetores, os carrapatos são os mais comuns. A intenção da presente revisão é abordar as espécies de Rickettsia patogênicas para humanos que são transmitidas por carrapatos, tais como: R. rickettsii, R. conorii, R. africae, R. australis, R. honei, R. sibirica, R. japonica, R. slovaca, R. sibirica mongolotimonae, R. helvetica e R. parkeri. Três outras espécies emergentes também têm nos carrapatos seus mais prováveis vetores: R. massiliae, R. aeschlimannii e a R. amblyommii. A riquetsiose mais importante nas Américas é a causada pela R. rickettsii. No Brasil, onde o principal carrapato vetor é o Amblyomma cajennense, a infecção por R. rickettsii (febre maculosa brasileira - FMB), tem crescido especialmente nas Regiões Sudeste e Sul, mas o agente vem se difundindo pelas demais regiões do país. Os sinais e sintomas das riquetsioses são muito semelhantes, mas a maioria dos casos clínicos traz histórico de febre após picada de carrapatos, podendo apresentar ferida no local da picada e/ou manchas na pele (maculas), entre outros. A reação de Imunofluorescência indireta é o exame padrão para a confirmação do diagnóstico. No tratamento deve-se salientar que as Rickettsia spp., são sensíveis às tetraciclinas e ao cloranfenicol. Por fim, pode-se dizer que as riquetsioses encontram-se em ampla disseminação e, embora ainda tenham caráter endêmico, a globalização das espécies de riquétsias é uma tendência que se constata pela facilidade de difusão em vetores artrópodes.
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