ANÁLISE DA ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO E INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA

Resumo

Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um problema de saúde pública. Considerando que a adesão ao tratamento é um desafio para o controle da HAS, este estudo teve como objetivo avaliar o nível de adesão pelo Teste de Morisky-Green (TMG) e relacionar com a qualidade de vida desses indivíduos. Trata-se de estudo descritivo transversal e analítico realizado com 401 indivíduos hipertensos que são usuários do Programa “Estratégia Saúde da Família”, que fazem uso rotineiro de medicação anti-hipertensiva e que participam do programa HIPERDIA. Foi utilizado questionário estruturado para coleta de dados sociodemográficos e hábitos de vida, e concomitantemente o TMG para avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo. Neste estudo, 59,60% dos participantes admitiram já terem esquecido de tomar a medicação e 41,89% desses acreditam serem descuidados quanto ao uso da medicação. Indivíduos acima do peso e que não se preocupam com um estilo de vida saudável tem menos chances de aderirem ao tratamento anti-hipertensivo. A mudança de hábitos e de estilo de vida dos hipertensos deve ser enfatizada, pois faz parte da assistência terapêutica. É fundamental dar ênfase nas condutas de tratamento não medicamentoso, especialmente quanto à reeducação alimentar, atividades físicas, cessação do hábito tabágico e ingesta de álcool, o que possivelmente reduziria os riscos de complicações e consequente oneração do sistema público.