GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PLÂNTULAS DA ALFACE (Lactuca sativa L.) EM DIFERENTES EXTRATOS DE Zingiber officinale Roscoe

Resumo

O gengibre (Zingiber officinale R.) é utilizado na culinária e pela medicina tradicional há milhares de anos. Muitos compostos químicos considerados fitoterápicos também podem ser tóxicos em decorrência do modo de extração ou das concentrações utilizadas, o que pode ser avaliado por meio de testes com bioindicadores vegetais. Sendo assim, objetivou-se avaliar a sensibilidade germinativa de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas da alface quando submetidas à ação de extratos aquosos de gengibre e assim verificar seu potencial alelopático. O experimento foi realizado em câmara de germinação com extratos aquosos obtidos por infusão e decocção, nas concentrações 6,25, 12,5, 25, 50 e 100 mg mL-1, e água destilada (controle), em delineamento inteiramente casualizado (DIC), organizado em esquema fatorial 2 x 5 + 1, com 4 repetições de 50 sementes cada. Para avaliar a toxidade foram realizados os testes de Germinação (PG), Primeira Contagem (PC), Índice de Velocidade de Germinação (IVG), Tempo Médio de Germinação (TMG), Frequência Relativa de Germinação (Fr), Índice de Sincronização (U), Comprimento da Parte Aérea (CPA) e do Sistema Radicular (CSR) das sementes e plântulas após sete dias de germinação. Os extratos apresentaram interação significativa para a IVG e TMG, com regressão quadrática à medida que as concentrações aumentaram, indicando potencial alelopático por diminuir o vigor das sementes. A distribuição das Fr reforça os resultados do IVG e TMG, evidenciando germinação mais lenta quando submetida ao decocto, que mostrou-se mais eficiente na inibição da germinação das sementes da alface.