ALTERAÇÕES OFTÁLMICAS SECUNDÁRIAS À ERLIQUIOSE MONOCÍTICA CANINA
Palavras-chave:
Ehrlichia canis, Glaucoma secundário, UveíteResumo
A Erliquiose monocítica canina (EMC) é uma hemoparasitose com distribuição mundial causada por Ehrlichia canis que parasita principalmente células do sistema fagocítico mononuclear. Sua transmissão ocorre através do carrapato Rhipicephalus sanguineus durante o repasto sanguíneo. A EMC é uma doença multissistêmica que pode afetar o sistema ocular, especialmente o trato uveal. As alterações oftálmicas secundárias à EMC são diversas e podem ocorrer isoladamente ou associadas a outros sinais sistêmicos. Assim sendo, esta revisão de literatura teve como principal objetivo esclarecer as principais lesões oculares secundárias à EMC, assim como seus diagnósticos e tratamento. Em animais suspeitos ou diagnosticados com a doença deve-se realizar o exame oftalmológico completo para diagnosticar possíveis alterações oftálmicas. Quando há presença de lesões oculares, além da administração de doxiciclina para o tratamento da infecção, outros medicamentos devem ser associados, como midriáticos tópicos, corticosteroides tópicos ou sistêmicos e anti-inflamatórios não esteroidais tópicos ou sistêmicos. O tratamento inadequado das lesões pode levar a sequelas irreversíveis e à cegueira. Dessa forma, é essencial o conhecimento das alterações oftálmicas secundárias a EMC para que o diagnóstico e tratamento sejam precoces. Ademais, a EMC deve ser incluída no diagnóstico diferencial de lesões oftálmicas em áreas endêmicas, além de instituir métodos de prevenção à doença.
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