PRÉ-TRATAMENTO DE MATERIAL LIGNOCELULÓSICO EM BANCADA
Palavras-chave:
Etanol de segunda geração, Glicose, Pré-tratamentoResumo
Atualmente, os biocombustíveis derivados da biomassa vêm ganhando muita atenção. No Brasil, a cana-de-açúcar é a principal fonte do etanol. As fibras da cana são lignocelulósicas, compostas de celulose, hemicelulose e lignina e têm uma estrutura complexa, que dificulta a separação de seus açúcares. A biomassa então, deve passar por três etapas para se produzir o etanol de segunda geração (2G): o pré-tratamento, a hidrólise enzimática e a fermentação. A hidrólise da celulose gera hexoses facilmente fermentáveis. No entanto, ela encontra-se protegida por uma barreira de lignina e hemicelulose que dificulta a fermentação microbiana. As etapas de pré-tratamento, conhecidas como hidrólise, visam desagregar a matriz lignina- carboidrato e tornar a celulose acessível à sacarificação. É neste contexto que o presente trabalho foi desenvolvido, estudando a influência de três variáveis na etapa de hidrólise do bagaço de cana-de-açúcar pela aplicação de um planejamento fatorial 23 , onde o catalisador (X1), o solvente (X2) e o tempo de reação (X3) foram as variáveis investigadas. O objetivo do estudo foi replicar em bancada o prétratamento Organosolv e verificar a sua eficiência na quebra da estrutura lignocelulósica da biomassa. Os resultados mostraram uma influência significativa das variáveis estudadas na conversão de monômeros de glicose e indicaram uma possível rota para melhorias nos procedimentos experimentais para tratamento do bagaço de cana-de-açúcar. A melhor combinação das variáveis estudadas foi observada em relação a concentração de glicose, e isto ocorreu quando o solvente utilizado foi o etanol, o catalisador o ácido sulfúrico e no maior tempo da reação.
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