MORFOLOGIA DE Ageratum conyzoides (ASTERACEAE): UMA ESPÉCIE PROIBIDA EM PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS NO BRASIL
Palavras-chave:
Alcaloides pirrolizidínicos, Botânica, MentrastoResumo
A espécie Ageratum conyzoides L. (Asteraceae) é amplamente usada na medicina popular, mas integra a lista de plantas proibidas em Produtos Tradicionais Fitoterápicos no Brasil, devido a presença de alcaloides pirrolizidínicos. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo apresentar a morfologia de Ageratum conyzoides, fotografias e comentários fitogeográficos, taxonômicos, medicinais e fitoquímicos. O estudo ocorreu entre abril de 2020 e agosto de 2021 no município de Alta Floresta, Mato Grosso, com coletas no Parque Zoobotânico Leopoldo Linhares Fernandes (área urbana) e na comunidade São Bento (área rural). A descrição morfológica ocorreu no Laboratório de Morfologia Vegetal, nas dependências do Herbário da Amazônia Meridional, da Universidade do Estado de Mato Grosso. A espécie foi caracterizada como ervas, 20–60 centímetros de altura; folhas com lâminas aromáticas, 2–7,5 × 1,3–3,5 cm, face abaxial com tricomas glandulares sésseis; inflorescências em capítulos; brácteas involucrais bisseriadas, 48–55 flores, bissexuadas; 5–6 papilhos; corola 1,9–2,1 mm compr., infundibuliforme e frutos cipselas, 1,6–1,9 × 0,4 mm. É conhecida por vários nomes, como mentrasto e erva- de-são-joão, usada para depurativo, gripe, aborto incompleto, nervosismo, cólicas abdominais, anti-inflamatório, distensão muscular, cólicas menstruais, corrimento vaginal, analgésica e antirreumática. Porém, publicações das últimas décadas confirmam a presença de alcaloides pirrolizidínicos, que podem apresentar um risco de lesão hepática com o uso prolongado, porém quando os alcaloides pirrolizidínicos são eliminados dos extratos não possuem toxidade.
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