ATIVIDADE LIPOLÍTICA IN VITRO DE ACTINOBACTÉRIAS EM GRADIENTE DE PH, SALINIDADE E TEMPERATURA
Palavras-chave:
estresse abiótico, lipase, microbiota, soloResumo
As actinobactérias são abundantes no solo e sua ocorrência em diversos hábitats, incluindo os ambientes extremos, deve-se a sua grande capacidade de adaptação em resposta ao estresse. Esses microrganismos se destacam por produzir diversos metabólitos com potencial biotecnológico e ecológico tais como as enzimas extracelulares. As enzimas lipolíticas permitem a degradação de lipídios complexos, cujos produtos resultantes são utilizados para o crescimento de outros microrganismos. Entretanto, a atividade enzimática pode ser afetada por fatores abióticos que limitam sua capacidade metabólica. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência do pH, salinidade e temperatura na atividade lipolítica de cepas de actinobactérias isoladas de solo de região semiárida. Um total de 26 cepas tiveram sua atividade lipolítica avaliada em condições ótimas e em gradientes de pH, salinidade e temperatura. Cerca de 73% das cepas apresentaram produção de lipase em condição padrão. Em concentrações salinas de 1%, 2%, 3% e 4% as cepas mostraram-se tolerantes destacando-se a cepa UB20 que cresceu em todos os meios salinos. Nas faixas de pH as cepas demostraram maior atividade lipolítica nos valores de pH 7 e 9, destacando-se as cepas UB02, UB03, UB04 e UB23 que apresentaram atividade lipolítica em todos os pHs testados. A temperatura foi o fator menos tolerado pelas actinobactérias, pois cerca de 63% das cepas não apresentaram atividade nas temperaturas testadas. Conclui-se que as cepas de actinobactérias isoladas do semiárido apresentam potencial para produção de lipase e que esta atividade sofre influência de fatores abióticos.
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