ESTUDO RETROSPECTIVO DO MASTOCITOMA CUTÂNEO CANINO E PAPEL DO AZUL DE TOLUIDINA NA GRADUAÇÃO HISTOLÓGICA DE MASTOCITOMAS
Palavras-chave:
cão, coloração especial, Mastócitos, neoplasiaResumo
O mastocitoma é uma das neoplasias de pele mais comuns em cães. A partir da análise histológica destes tumores, obtêm-se a graduação histológica, porém há grande divergência entre os patologistas na classificação de grau II. Objetivou-se verificar se a coloração de azul de toluidina (AT) auxilia a classificação de mastocitomas grau II e realizar estudo epidemiológico e clínicopatológico de mastocitomas cutâneos caninos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia. Foram analisados 85 cães, sendo 71% fêmeas e 29% machos. Os cães mestiços foram mais frequentemente afetados (44%) e as faixas etárias entre 6 a 10 anos e 11-15 anos foram as mais frequentes (p,0,05). Analisando a relação entre idade e graduação, notou-se que animais acima de 6 anos apresentaram mais tumores Grau I. Macroscopicamente, os tumores eram predominantemente nodulares (71,8%), brancacentos (45,9%), 30,6 eram aderidos, 51,8% não eram ulcerados e 50,6% mediam menos que 5 cm. As localizações mais frequentes foram o tronco (34,1%) e a região inguinal (17,6%). Na graduação histológica, quando classificados em três graus, a maioria das neoplasias foram classificadas como grau II e quando classificadas em dois graus, 65,9% foram graduados como de baixo grau e 31,8% como alto grau. Dos 40 tumores classificados como grau II, 27,5% foram reclassificados como grau I na coloração especial de AT e 10% como grau III. Conclui-se que a graduação histológica influencia no aspecto macroscópico dos mastocitomas e na ulceração. A coloração de azul de toluidina pode ser utilizada na otimização da avaliação de mastocitomas grau II.
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