ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS DO BRASIL
Palavras-chave:
Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, biomasResumo
A cienciometria é conhecida como a pesquisa quantitativa da produção científica e que permite entender melhor a amplitude e a natureza das atividades de pesquisa desenvolvidas nas diferentes áreas do conhecimento, de diversos países, instituições e pesquisadores. Com objetivo de analisar o desenvolvimento do conhecimento científico ao longo dos anos sobre unidades de conservação em todo o país, foi realizado um levantamento cienciométrico na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) de artigos publicados até janeiro de 2012. Foram consideradas somente as categorias de Unidades de Conservação (UC) federais encontradas na listagem do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC). Foram encontradas 290 publicações distribuídas entre as categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. Vale destacar que pelo menos um artigo foi desenvolvido por UC em cada Estado. Nenhuma das regiões teve menos de 40 artigos publicados. A categoria “Parque Nacional” foi a mais estudada com 144 artigos. Apenas Roraima, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e São Paulo não tiveram nenhuma publicação para essa categoria. Os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás foram os mais estudados com 42, 19 e 15 artigos, respectivamente. Foram identificados artigos publicados em 42 periódicos diferentes, com abordagem de tema variado. O periódico que se destacou foi o Acta Botanica Brasilica com 57 artigos publicados. Os temas mais pesquisados foram zoologia com 110 artigos, botânica com 82 e ecologia com 48. Os biomas mais estudados foram Mata Atlântica (49%), Cerrado (24%) e Amazônia (15%). Considerando o número de unidades de conservação federais existentes no país, percebe-se que as mesmas ainda são muito pouco estudadas. É necessário que se dedique atenção especial aos biomas marinho e Pantanal, devido à baixa produção científica dedicada aos mesmos, apesar de sua importância e singularidade.
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