ANIMAIS SILVESTRES APREENDIDOS NO PERÍODO DE 2002 A 2007 NA MACRORREGIÃO DE MONTES CLAROS, MINAS GERAIS
Palavras-chave:
Apreensão, Avifauna, Norte de Minas GeraisResumo
O Brasil, por sua rica biodiversidade, desperta a cobiça dos traficantes de animais silvestres, a terceira maior atividade ilícita do mundo, depois das armas e das drogas. Por causa da importância local e regional das apreensões e entradas de animais silvestres no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Montes Claros, objetivou-se elaborar um levantamento sobre as apreensões desses animais. Todas as apreensões da fauna silvestre devem ser registradas e os dados daquelas realizadas nos anos de 2002 a 2007 na macrorregião de Montes Claros foram disponibilizados pelo IBAMA, junto ao CETAS do Escritório Regional de Montes Claros (ERMOC). As fichas de recebimento foram compiladas e organizadas agrupando-se os animais por frequência das ordens e das espécies. Em seis anos de análise, receberam-se 10.597 animais apreendidos durante o levantamento. As aves corresponderam 9.857 indivíduos, ou seja, 93,016% do total, sendo a maior parte da fauna aprendida, demonstrando a preferência da população pelo tráfico desses animais, assim como nas outras regiões do país. Das aves recebidas pelo CETAS do ERMOC, as três ordens mais importantes foram Passeriformes (n=8188), Psittaciformes (n=1183) e Columbiformes (n=204). Os répteis e os mamíferos somaram o mesmo número, 370 animais apreendidos durante o período de avaliação, correspondendo a 3,491%. Dentro dessas classes, as ordens mais frequentes durante o levantamento foram: a Chelonia (n=220) e a Primates (n=142), respectivamente. Confirmou-se a movimentação das aves como a classe mais preferida pelo tráfico de animais, mostrando um número considerável da avifauna regional. As apreensões de animais silvestres em número elevado na macrorregião de Montes Claros provavelmente estão associadas a degradações ambientais diversas, à manutenção desses como animais de companhia, indicando que pode haver empobrecimento da fauna, trazendo inúmeras perdas para os ecossistemas.
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