RESÍDUO DE PANIFICAÇÃO COMO ALTERNATIVA NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL, ACRE, BRASIL

Resumo

A avicultura brasileira vem se destacando no cenário nacional e mundial e, por essa razão, frente a necessidade em diminuir os custos das rações, faz-se necessária a busca por alimentos alternativos para alimentação das aves. O objetivo do trabalho foi quantificar o valor energético e o coeficiente de digestibilidade aparente de nutrientes de resíduos de biscoito de polvilho de mandioca para frangos de corte. O experimento foi realizado em um galpão não climatizado, adaptado em frangos de corte, localizado na Universidade Federal do Acre – UFAC, Campus Floresta. Foram utilizados 100 frangos de corte, machos, da linhagem Ag-Ross 508, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado em gaiolas de metabolismo. Durante a fase experimental, as aves foram submetidas a 4 tratamentos com 5 repetições, totalizando 20 parcelas constituídas de 5 aves cada. Os tratamentos constituíram-se da ração referência como controle e, a partir da ração referência, os alimentos testados (milho, resíduo de biscoito de polvilho salgado e resíduo de biscoito de polvilho salgado e doce) substituindo 40% da ração referência. O experimento contou com um período de 10 dias para adaptação (25º ao 34º dia) e 3 dias de coleta total de excretas (35º ao 37º dia). De acordo com os resultados obtidos, os valores de energia metabolizável aparente (EMA) dos resíduos de biscoito de polvilho de mandioca foram superiores aos determinados para o milho (P<0,05). Quanto aos coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca e extrato etéreo, ambos resíduos de biscoito de polvilho de mandioca mostraram-se superiores ao milho (P<0,01), sendo o mesmo não observado para proteína (P>0,05). Nas condições em que o experimento foi conduzido, concluiu-se que ambos os resíduos de biscoito de polvilho de mandioca utilizados são alimentos alternativos com elevada contribuição energética e com altos coeficientes de digestibilidade. Ensaios de desempenho deverão ser conduzidos a fim de determinar os níveis adequados de uso para estes resíduos, utilizando os valores energéticos agora determinados.