A UTILIZAÇÃO DO DNA MITOCONDRIAL PARA ELUCIDAÇÃO DOS PROCESSOS DE EVOLUÇÃO E VARIABILIDADE GENÉTICA HUMANA
Palavras-chave:
DNA mitocondrial, Espécie humana, Árvore filogenética, polimorfismos, mitocondrialResumo
O DNA mitocondrial é transmitido às gerações seguintes pela chamada herança citoplasmática, exclusiva das mulheres formando, assim, uma matrilinhagem. Ele favorece a investigação da evolução da espécie, pois sua integridade genética é totalmente mantida, a não ser pelas mutações. O DNA mitocondrial humano é circular e minúsculo (apenas 16.569 pares de bases). Sua taxa de mutação é várias vezes mais rápida em relação ao DNA nuclear, fazendo com que um grande número de regiões polimórficas seja gerado em alguns milhares de anos. Dessa forma, se assumirmos que a taxa de mutação é relativamente constante, podemos utilizar o número de polimorfismos do DNA mitocondrial como um relógio biológico. Através do estudo do polimorfismo do DNA mitocondrial pode-se estabelecer o grau de parentesco nas populações atuais e, por conseqüência, a antiguidade relativa de cada ramo populacional. O melhor exemplo de reconstrução da evolução a partir do DNA mitocondrial foi feito em 1987 na Universidade da Califórnia. Com base no estudo de RFLPs, ou seja, polimorfismos de tamanho de fragmentos de restrição, no DNA mitocondrial de 147 indivíduos de várias origens geográficas, foi elaborada uma árvore filogenética que apontou apenas um ancestral comum: o DNA mitocondrial de uma mulher africana que viveu há cerca de 200 mil anos chamada de Eva Mitocondrial pela imprensa. A descoberta de uma convergência na árvore evolutiva a um único ancestral materno na África Subsaariana, as técnicas envolvidas e as discussões subseqüentes a esta incrível descoberta são o foco desta revisão da literatura.
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